O limite que a roupa alcança na sociedade, reproduz o nível de valorização quando construímos nossa personalidade. Já ouvi dizer, em papos entre amigos e só pude levar a sério depois nos textos da faculdade, que nosso eu é extremamente construído em paralelo com nossa compreensão da realidade. Verdade ou não, nossas máscaras estão a todo instante, comprovando que superação nada mais é saber manejar.
De fato, tal questionamento retorna quase todos os meus dias. E confesso, fiquei feliz em sentir-me um pouco igual aos outros.
Como sempre, estou a escrever numa epifania e mal posso compreender a letra que se expande na folha de papel. Depois acerto, ajeito e vou adequando a escrita, retirando um pouco a espontaneidade. Ou pelo menos tento.
É verão, estou na praia de Ipanema - RJ, impossibilitada a um mergulho por conta de meu traje. No momento, ele não condiz com o vigor que é frequentar esse ambiente tão folgado e à vontade.
O sutiã e o biquíni não se diferem apenas pelo tecido. Penso na oposição que os modos comportamentais causam, revelando como devemos viver.
A simples visita a areia me supriu de felicidade ao respirar a brisa marítima. Arriscando meu pensamento ao horizonte, me realizo.
Hoje, o mar surpreendeu a orla com seu pôr do sol. A palmas e platéia formados no Posto 7, a indignação por não me refrescar ao cair na água salgada do mar foi levada para longe.
Penso e existo.
Agora é noite, está fresco.
O complexo pôr do sol proporciona a simplicidade de seu texto. Gostei demais !
ResponderExcluirPor falar em praia,
ResponderExcluirConversando com um amigo me dei conta de que todo ambiente praiano pode mais interessante em plena noite!!!
penso e existo.
ResponderExcluireu entraria de roupa e tudo...e que se danasse o resto e o quão incomodo seria.
perder o controle que eles nos impõem...as vezes é uma necessidade!
a sorte é que a brisa e a beleza afastaram o calor!
tá melhorando o blog.
um beijo!
às vezes precisamos nos controlar conforme as regras, sejam elas chatas ou não.
ResponderExcluira noite chegou e me refresquei da mesma forma.
só tive que esperar, há momentos que precisamos esperar..
É como aquilo que conversamos esses dias: de tanto escrever sobre um assunto ele acaba se desgastando naturalmente. E você, criativa como ninguém, tende a tomar rumos cada vez mais inusitados e interessantes.
ResponderExcluirContinue com essa sua escrita espontânea e fascinante. Não largue-a jamais.