novembro 03, 2010

02.11.2010

Hoje as coisas estão acontecendo na base da lei de Murphy, esse cara que nunca ouvi falar sobre outra coisa a não ser quando as coisas dão errado.
O Murphy, o da minha cabeça, traz à tona o incômodo e esconde que na vida deve haver aceitação, não podemos manipular a dedo toda a realidade, muito menos os segundos que o ônibus vai passar antes de chegarmos ao ponto, mas bem ao ponto de vê-lo partir e só esperar por outro.
Faz tempo não escrevo do jeito como fazia aos meus 16, 17, 18, 19, 20, 21. Obriguei-me a largar o caderninho e parar de apenas sincronizar meu espaço ao planeta Terra, para então viver mais alguns segundos por aqui - sentir as pessoas, falar e me expor ao desconhecido com ouvidos atentos e presentes.
Resolvi parar de me esconder, trocar palavras e esperar pela opinião.
A toca deu uma diminuída brusca, se não fosse minha mania de poucos amigos junto com a promoção excessiva destes. Arrastei meus queridos para perto demais, agora só vejo confusão, as idéias batem e rebatem a todo instante em mim. Sou a responsável. E a resposta só pode vir por minha decisão.
Eu aprendi a esperar e me confortei em ficar assim, porque é mais fácil jogar culpa em não deu para resolver do que não quis resolver. Nunca tive cobrança do que ser na vida, acostumei a deixar correr, a poder escolher o que fosse do agrado; não tenho perspectiva.
Fixei no mural interno que não devemos ouvir o alheio, que tudo é problema nosso, realmente, nós sempre estamos envolvidos, sendo egoístas ou altruístas.
Vivo por viver, por já estar aqui.
Não conheço a palavra dedicar, os créditos acabam sendo transferidos pelo desisto. Eu nunca digo desisto, mas sempre pratico o desisto, e sabe como?
Apenas sumindo.

A música veio em boa hora..
“so give me something to believe”

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